quinta-feira, 16 de junho de 2022

Saudade Eterna

 Em areias estéreis caminhamos

Sem saber " O quê " da vida ali existe

Só um horizonte sem vida

Eu vi isso em um sonho

Mas quando abri os olhos

Eu vi meu eterno Pai

Que me disse: "Não existe seu baixo"

Sua vida é essa e não há crédito

Seja fiel a si mesmo deixe as agonias se perderem a esmo

Proteja quem você ama

Somos humanos porque amamos

Se a agonia te olhar, fuja

Senão te irá empredar, como olhar da medusa

Essa vida é breve e passageira

Olhe para o céu e seja grato

Você tem um motivo e um propósito

E nunca estará só, alguém ora por você

Meu epitáfio é sua razão de viver

Eu choro por você  meu pai

Nada importa e tudo se esvai

Mas, pela família eu vivo

E como você, por ela existo

 

sábado, 3 de agosto de 2019

TUDO É, ENTRETANTO TUDO FAZ


Um dia esperava por algo
Eu olhei para as estrelas sozinho
Direto no peito a verdade veio
Apenas um estranho no ninho

Eles falaram que aqui um homem jaz
Mas, tudo é, e tudo tanto faz
A misericórdia dos estranhos
Uma vida de luta sem ganho

Uma vida vazia sem singularidade
Por que vivo uma alma morta
Esperando uma falsa identidade na próxima porta

Nos portões dos anjos, sou infame
Querem me mandar para o limbo
Mas, vi o mais podre humano e o mais lindo

Sou a púrpura que se esvai
O vento me conduz em acordes
A sinfonia mórbida
De um ser que apenas decai...

Suicídio em versos
Não há mais regressos
É meu último manifesto.

sexta-feira, 19 de abril de 2019

24 HORAS


]
Uma borboleta vive 24 horas
24 horas para viver ou morrer
Abraçado ao seu inferno
Ou amando a singularidade do sofrer

Me dê sua mão, vamos buscar...
NÃO! não me prometa o que não posso encontrar
Tudo muda, mais ainda, o padrão é sofrer
Tudo do mesmo jeito, não posso me enganar

Ninguém assume a maldita culpa
Nem eu mesmo, todo escape é um volta ao recomeço
E eu aqui em meio a bebidas e devaneios
Amo o fim; Deus me faça recomeços!

Fé até na morte
Sem moedas como Judas Escariotes
Uma facada no peito, encarando a morte
O justo não troca a dignidade por um punhado de moedas no pote!

domingo, 12 de agosto de 2018

DANIEL E MATEUS

Coberto pelo manto da solidão tudo era sombra
Fadado ao esquecimento sem um ar para aspirar
Veio você Mateus, meu último suspiro
Um sorriso puro de uma alma pura, minha vida a buscar

Nada era como costumava ser até você
Princípio do meu destino, amor do início ao infinito
Por você eu luto, morro, vivo e mato...
Mato a solidão, meu ser de luz, entre a vida e a morte meu hiato

Você meu filho, é uma fantasia, não acredito que seja real
A pureza corre em você, doce flor de dezembro
Sou falho, mas te amo até o fim dos tempos
Seu pai, seu maior fã, desde a barriga reelembro

Isso não é um poema, é uma declaração de amor
Meu filho lindo, seja você até o fim
Por quê ser único é uma dádiva
Seja ambicioso para ser tudo o que poder ser

Cultive o amor, seja bom e sincero
A vida vai te foder, levanta-te e surre-a
A vida não merece seu subordinamento
E ame, ame quem te quer bem, meu filho, meu herói

Se torne amor, esse sentimento é tudo
Nas sombras de uma noite ruim, a luz está em você
Sua alma é a coisa mais valiosa que terá
No imundo mundo, uma mente livre é o poder!

TE AMO!

sexta-feira, 11 de maio de 2018

DEMÊNCIA

Diante do precipício, precipito
O fundo é acolhedor para uma alma rasa
O pensar me leva ao infinito mas, só realizo o finito
Peito gelado, corpo extasiado e sonhos queimando como brasa

Despido do irreal, padeço pouco a pouco com o real
Carcomido e podre me sinto; Eu "Sou" e não minto
Cada olhar traz sinopses de vidas que não são em nada casual
São só seres e mais seres vivendo o trivial, em seu particular labirinto.

O céu é uma promessa e o inferno um castigo
Cada um no seu submundo abraçado ao seu demônio
Falsas boas ações que esperamos delas recompensas, tal qual um mendigo
Não somos nós mesmos, adoramos viver sob heterônimos

O vento conduzirá estes cabelos grisalhos
Arrependimentos de uma vida sem vontade de potência
A  Árvore da vida irá secar, fecharei os olhos com o cair do último galho
No fim, a vida não será só um perpétuo estado de iminência!?

sábado, 17 de março de 2018

Não Sei


Prorroga-se o inevitável nos breves gozos que permeiam o existir. A vida inexorável como é, se reduz na simplicidade mórbida das poeiras e ossos em que repousam toda finita criatura humana. Em meio a névoa, sem rumo caminhamos pelo purgatório do viver e a libação do espírito é a vaidade que infla o ego. 

OÁSIS!

     
A Constância de ser autêntico ao seu "eu" exige equilíbrio. A ponderação ante questões que colocam à prova nosso arbítrio mostra, a fortaleza de suas convicções. O mundo moderno contribui cada vez mais para a despersonalização do indivíduo e construção de padrões comportamentais que sugere uma maior facilidade de manipulação em todos campos do pensamento.
Não há dúvidas que a rotina aprisiona toda potencialidade do nosso vir a ser. A comodidade não propulsiona a mecânica de movimento da busca incessante por sentidos. Toda vida carece as vezes de sentidos mas, de motivos estamos repletos. Motivos para fazer tudo, mas um tudo que nas entranhas se torna incompreensivo.
Poderia estar errado ou certo, vindo de mim, ser incerto. Nas esquinas e nos olhares de realidades que me encaram, penso eu, se não sou um louco, paranoico e pessimista indivíduo que indignado com seus devaneios culpa a realidade e alguns seres. E se no real, eu Daniel, não for nada mais que nada; pensamentos tais como uma miragem na busca de um falso Oásis?